28/09/2014

Leituras de Agosto: Uma casa na Grécia, Rosie Thomas

Hoje bem cedo deixo-vos mais uma opinião das minhas leituras, já nos livros das férias de Agosto. Ainda faltam mais umas quantas... leio mais rápido que o que escrevo e depois dá nisto!

Título: Uma Casa na Grécia
Autor: Rosie Thomas
Editora: Saída de Emergência

Número de Páginas: 352

Publicado em: 2009


Sinopse
Escapando à devastação de um terramoto, Cary chega à ilha grega de Halemni e dá de caras consigo própria. Ou antes Olivia, cuja semelhança é assustadora. Nesta nova vida Cary começa por encontrar a felicidade que nunca tivera. Não desde o dia em que a sua vida mudara. Agora libertara-se de tudo o que a relacionava com o passado. Estava tudo enterrado nas profundezas do terramoto. Ia começar de novo. 
Olivia, por outro lado, era uma mulher acomodada. Depois de vários anos a viajar encontrara finalmente um lugar a que podia chamar "lar". A vida na ilha e a hospitalidade eram acolhedoras mas agora algo se tornara diferente. Seria pela chegada desta desconhecida? Havia alguma coisa estranha e desconfortável nesta mulher. 
Quem é Cary? Qual o seu passado? Porque se sente Olivia tão desconfortável na sua companhia? Olivia tenta controlar-se, mas não consegue deixar de sentir que a sua vida está a ser roubada. 
Uma luta entre duas mulheres por uma vida, e apenas uma pode vencer.
http://www.wook.pt/ficha/uma-casa-na-grecia/a/id/1459768

Excertos
“Estava morta e parecia-lhe agora mais viva do que alguma vez estivera.”
“A alquimia de Kitty era perturbadora. Podia vir de lado nenhum e não trazer nada com ela, e contudo parecia capaz de exercer influências para lá do que era razoável.”
“A paixão não segue regras sociais.”
“As aparências iludem. É possível mudar a forma como parecemos, mas não quem somos.”

Opinião:

Passei muitas vezes por este livro no OLX até decidir comprá-lo. E de certa forma arrependi-me. O livro vale pela descrição, pelo local, mas a história em si não me convenceu.

Cary depois de viver uma vida confortável e pensar que na iria mudar a sua rotina vê a sua vida virada de pernas para o ar depois de o marido ter conhecido outra pessoa.

Cary parte com uma amiga para Branc na Turquia em busca de descanso e também para tomada de decisões. O que vai ela fazer com a vida dela? Tudo mudou. Ela passa a vida entre o quarto e a praia do hotel. Vê os dias a decorrer e não tem vontade de sair, de se aventurar. E quando se aventura num passeio de barco com um habitante local é quando algo muito inesperado acontece, um terramoto que a vai atirar para um pequeno povoado grego numa ilha perdida...

O terramoto deixou uma onda de devastação na pequena ilha, e levou aos poucos habitantes uma sobrevivente de quem pouco ou nada sabiam. Olivia uma residente local, uma das únicas não gregas, acolhe-a no seio da sua família em Halemni. E Cary muda de identidade, apresenta-se como Kitty, não revela nada da sua vida passada, do facto de o seu marido Peter a ter deixado por uma mulher mais nova.

Olivia identifica-se com Kitty, sendo também inglesa e tendo deixado a sua vida de fotógrafa itinerante para viver com Xan naquela ilha idílica. Olivia à semelhança de Kitty mudou a sua vida anterior, deixou as suas viagens e dedicou-se somente a Xan e aos seus filhos.

Kitty simboliza para Olivia a sua vida anterior, e leva-a a questionar-se sobre se teria ou não feito a escolha certa de assumir esta vida, as tradições e até a sogra grega que não a suporta. E Kitty encontra a vida que quer para si, o lugar de Olívia, naquela ilha, como mãe e mulher. E claro daqui nasce o ciúme, a desconfiança a necessidade de “eliminar” a erva daninha intrusa naquele jardim do paraíso. Olivia sente que Kitty lhe que roubar a família, o velho amigo e até mesmo o seu irmão, que mesmo sendo casado, se envolve com Kitty.

Olivia chega ao ponto de ficar doente de tanto lutar contra Kitty, ela sente verdadeiramente que à medida que Kitty se ambienta ela perde as forças e não quer a sua presença. Kitty quer tanto o lugar de Olivia que chega a tentar matá-la, mas arrepende-se e toma a decisão de abandonar a ilha. Vai como chega sem nada e nós ficamos sem saber o que lhe acontece depois… esta parte para mim foi confusa, uma vez que não percebi bem se afinal Kitty era uma pessoa de verdade ou um fantasma, mas depois penso como é que ela fantasma poderia interagir com as pessoas da ilha. E afinal para onde foi? Fique a matutar nesta pergunta, não gosto muito de livros com este final em aberto, sem pistas ou indícios do que poderá acontecer ou do que tenha acontecido.

Uma leitura para ocupar o tempo e sem grandes atribulações...


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25/09/2014

Frango frito cá de casa

Uma receita rápida e saborosa, que podemos preparar de um dia para o outro e depois é só cozinhar!


Ingredientes:

pernas e coxas de frango ( ou se preferir 1 frango em pedaços pequenos)
sal
alho
louro
pimentão
vinho branco

Preparação:

Temperar o frango com todos os ingredientes e deixar repousar cerca de 1h antes de fritar.

Numa frigideira colocar azeite e um pouco de manteiga, em lume brando fritar o frango até adquirir uma tonalidade alourada. Virar de vez em quando e cuidado com os salpicos.

No fim da fritura juntar o molho que ficou do tempero e deixar apurar um pouco, fica um molho excelente!


O frango cá de casa desta vez acompanhou com uma batatinhas pomme-noisette que comprei no lidl e foi só fritar com um pouco de óleo.

E desta vez também com um vídeo para acompanhar!


Bom apetite!


24/09/2014

Leituras de Julho: H.R.H. (Sua Alteza Real), Danielle Steel

Título: Sua Alteza Real
Título Original: H.R.H
Editora: Círculo de Leitores

Número de Páginas: 320

Publicado em: 2013

Sinopse:
A princesa do século XXI. Christianna foi educada nas melhores escolas, entre a elite europeia. Espera-se que regressa a casa e cumpra o seu papel de princesa entre eventos sociais e ações de caridade. Ela anseia contudo por liberdade. Parte como voluntária da Cruz Vermelha para África onde auxilia a equipa médica ao mesmo tempo que esconde a sua identidade. Rodeada de pobreza, doença e da guerra sente, pela primeira vez, que aquele é o seu lugar. Admira o humanismo e dedicação de Parker Williams, que faz parte dos Médicos Sem Fronteiras, mas em breve a sua origem será descoberta. Como poderá Christianna conciliar a tradição familiar e a vida que quer para si? Poderá ela escolher o amor da sua vida? Um romance entre o glamour e fausto da corte e a apaixonante dureza de África.
 http://www.circuloleitores.pt/catalogo/1058517/sua-alteza-real#


Opinião:

Li este livro por curiosidade, gostei da capa e do resumo, é uma história como outras, de princesas rebeldes que não aceitam as restrições impostas pela sua condição, neste caso mais uma princesa prisioneira numa gaiola de ouro. Christianna era a princesa Sereníssima de um principado da Europa, que fica entre a Áustria e a Suíça, chamado Liechtenstein, e onde se sentia presa. Isto porque tinha conseguido viver durante quatro anos uma vida de quase total liberdade. Na América, frequentou a faculdade de Berkeley tinha-se sentido como uma qualquer estudante, com uma vida social e académica normal, sem visitas a instituições de caridade ou participar em ocasiões formais.

A princesa queria sentir-se mais do que um objecto de decoração, e com a permissão do seu pai vai durante um ano como voluntária da Cruz Vermelha para África. A princesa encontra nessa missão algo que a faz deveras feliz e esconde de todos a sua verdadeira identidade. Durante esse período (como não podia deixar de ser) conhece o pesquisador Parker Williams, vindo de Harvard que acompanha os Médicos Sem Fronteiras.

A história é contada sempre tendo em foco a perspectiva da princesa, acho que isto é uma falha porque existem outras personagens tão ou mais interessantes! O grupo de voluntários tinha tanto potencial, as relações entre estes e a população local, mas pronto tudo gira em torno de Christianna. 


A história de amor é interessante como um chá morno, ou seja, lê-se mas não tem aquela excitação, ainda por cima vivem uma história de amor quase proibido! Mas a narrativa não explora nenhum desse potencial, não temos encontros fortuitos, são logo apanhados a primeira vez que se encontram fora de África quase.

Não digo que esta leitura foi uma perda de tempo, mas também não trouxe nada de novo, é um romance, a mensagem que tenta passar é bonita: paz, entre-ajuda mas não foi um livro que me fizesse dizer adorei!

22/09/2014

Leituras de Julho: The Irresistible Blueberry Bakeshop And Café, Mary Simses

Ora e seguindo os posts atrasados cá vos deixo mais um. Hoje até apeteciam uns cupcakes... de chocolate ou morango... ou qualquer coisa mais quentinha, como um chá. Eu não fugindo muito à regra fiz um café preto bem quente! Soube tão bem!


Título: O Irresistível Café de Cupcakes
Autor: Mary Simses
Editora: Paralela
Número de Páginas: 288
Publicado em: 2014

Sinopse
“Se você gosta dos romances de Nicholas Sparks, vai devorar O irresistível café de cupcakes.” — James Patterson, autor de Bruxos e bruxas. Ellen é uma advogada de Manhattan e seu noivo está prestes a se tornar um importante político. Tudo em sua vida parece estar perfeito e no caminho certo. Até que ela decide realizar o último desejo de sua avó e entregar em mãos uma carta. Para isso, ela precisa ir para Beacon, uma charmosa cidadezinha do interior. Entre cupcakes de blueberry e deliciosas rosquinhas, Ellen desvenda os mistérios da vida de sua avó. Aos poucos, ela descobre os simples prazeres da vida e que “perfeito” nem sempre é o que parece.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/7416318

A história fala-nos de Ellen uma menina da cidade que após a morte da avó decide cumprir o seu último desejo, entregar uma carta em Beacon a cidade onde tinha nascido. A sua vida era perfeita, tinha um emprego como advogada, tinha um noivo que pensava amar até partir para aquela pequena cidade e a sua vida nunca mais será a mesma.

O livro insere-se na categoria dos chicklit, que aborda as questões das mulheres modernas de uma forma divertida e leve. Este livro não foge ao género, uma leitura ao modo dos romance da Harlequim com muitas coisas doces à mistura. 
Foi o primeiro romance da autora e achei-o muito bem estruturado, e adorei a personagem principal, Ellen sabe o que quer da vida até ao momento em que um único acontecimento, a muda e a sua vida para sempre. Ao contrário das personagens de romances ela é bem sucedida, ela é muito confiante mas vai envolver-se numa série de eventos que vão demonstrar exactamente o contrário: um quase afogamento, uma exibição pública, uma bebedeira, o envolvimento com outro homem… e mais não digo.

Pelo meio das peripécias de Ellen, temos as memórias da sua avó, o regresso de Ellen a momentos do passado em que se lembra das suas conversas, dos conselhos que a avó lhe dava sobre fotografia, culinária… e Ellen vai até Beacon cumprir a sua vontade, entregar uma carta a Chet Cummings.

Ellen vai ficar a conhecer a outra mulher que tinha sido a sua avó, profundamente enamorada pela pintura, dedicada de alma e coração a Chet e com destino traçado a de viverem numa plantação de mirtilos e serem felizes para sempre. Mas destino? A sua avó descobre-se apaixonou-se perdidamente por outro homem e deixou a cidade… será que o inverso acontece com Ellen?

É uma história aprazível para passarmos bons momentos de leitura, confesso que por vezes fiquei com vontade de ir para a cozinha fazer uns bolinhos.  Isto porque a narrativa é pormenorizada, conseguimos quase sentir os aromas, a autora fala de sabores, de texturas, descrições tão detalhadas que as imagens se tornam quase nítidas. O final é que me decepcionou, foi muito rápido, mas o esperado. 

20/09/2014

Leituras de Julho: O Príncipe da Neblina, Carlos Ruiz Zafon

E ainda nos livros de Julho... nunca mais tenho os posts dos livros em dia... mas estou no bom caminho... só um mês e meio de atraso na publicação das opiniões!


Título: O Príncipe da Neblina
Autor: Carlos Ruiz Zafon
Editora: Editorial Planeta
Número de Páginas: 208
Publicado em: 2011


Sinopse
 Um diabólico príncipe que tem a capacidade de conceder e realizar qualquer desejo... a um preço muito elevado. 
O novo lar dos Carver, numa remota aldeia da costa sul inglesa, está rodeado de mistério. Respira-se e sente-se a presença do espírito de Jacob, o filho dos antigos donos, que morreu afogado.
As estranhas circunstâncias dessa morte só se começam a perceber à medida que os jovens Max, a irmã Alicia e o amigo Roland vão descobrindo factos muito perturbadores sobre uma misteriosa personagem de seu nome… o Príncipe da Neblina.
http://www.wook.pt/ficha/o-principe-da-neblina/a/id/11462376
Opinião:

Este foi o primeiro livro do autor foi publicado em 1993 e é o primeiro livro da Trilogia da Neblina. Não comecei por este livro li primeiro A Sombra do Vento e se formos a comparar a escrita deste é mais simples, a história não é tão complexa mas não me senti desapontada. É um livro que se insere na categoria de jovens adultos e que já evidencia como pode ser cativante, envolvente e melancólica.

É um livro descritivo, temos uma primeira parte que se desenrola lentamente e depois tudo acontece em catadupa e quase não temos tempo de absorver todos os acontecimentos. As descrições são muito exaustivas, quase que nos sentimos no meio daquele jardim de estátuas ou no fundo do barco abandonado. No entanto acho que as personagens foram mal exploradas, ficamos a saber muito pouco de cada um deles, e não creio que Max devesse ser o protagonista, a história não é sobre ele, deveria ser contada noutra perspectiva.

Agora a história, estamos no ano de 1943 e a família de Max muda-se para uma casa à beira mar, uma casa com uma história triste, o casal que lá vivia antes perdeu o filho, que tinha morrido afogado. Max é o único rapaz, muito curioso, e assim que chega a casa descobre logo o jardim das estátuas com figuras do circo. Todos os irmãos sã de alguma forma afectados pela casa, Aline a irmã mais velha tem sonhos com um palhaço do jardim das estátuas que mudam de posição, Irina a irmã mais nova fica muito amiga de um gato estranho de olhos amarelos e nada amistoso.

Max encontra uma velha bicicleta e vai até à cidade onde conhece um rapaz chamado Roland, este aventureiro e destemido fala-lhe nos restos de um barco que tinha naufragado anos antes. Roland conta-lhe ainda que só houve um sobrevivente desse naufrágio, que toma conta do farol, para que não aconteçam mais naufrágios.

Movido por uma curiosidade extrema, Max, vai tentar entender a ligação entre a morte do filho dos donos anteriores da sua casa, do velho faroleiro, das estátuas aquele navio naufragado. Mas envolve-se numa história cheia de figuras estranhas, perigosas e que vão mudar a sua vida para sempre.

"Muitos anos haveriam de se passar antes que Max esquecesse o verão em que, quase por acaso, descobriu a magia."

Uma história rápida com poucas páginas, uma narrativa cheia de mistério e suspense. Não fiquei muito assustada, nem com vontade de avançar páginas para ver como se passou este ou aquele acontecimento mais empolgante, como noutros livros. Achei muito interessante a maneira como o autor conseguiu interligar as várias histórias e ainda ter tempo para nos dar a conhecer um amor de verão, o primeiro amor para dois jovens, trágico qual Romeu e Julieta.

Uma leitura certamente muito agradável para quem gosta de mistério e suspense!

Almôndegas com Cerveja

E hoje deixo aqui mais uma receita, uma receita com cerveja bem a gosto do marido! 



Ingredientes:
1 embalagem de almôndegas 
Sal
Pimenta
Salsa
Sopa de cebola
Cerveja preta
Azeite

Preparação:

Numa frigideira funda (tipo wook), deitar um pouco de azeite e deixar aquecer. Adicionar as almôndegas e deixar alourar. Temperar com sal, pimenta e um pouco de salsa. 


Quando as almôndegas estiverem alouradas,adicionar metade de um pacote de sopa de cebola e uma cerveja preta pequena.


Deixar cozinhar até o molho apurar, se necessário, juntar um pouco de água.

Bom apetite.

Mas desta vez uma surpresa, uma vídeo reportagem com as fotos da preparação. Espero que gostem!



17/09/2014

Leituras de Julho: As Lembranças de Alice de Liane Moriarty

E vos deixo mais uma opinião, mais um livrinho que li durante o Verão. Gostei muito do livrito em questão. E espero que gostem também.

Título: As Lembranças de Alice
Autor: Liane Moriarty
Editora: Leya Brasil
Número de Páginas: 376
Publicado em: 2013

Sinopse
Alice tem 29 anos, é apaixonada pelo marido, Nick, e está grávida de 14 semanas do seu primeiro filho. Ao menos é isso tudo do que ela se lembra. Imagine sua surpresa ao ser informada - quando acorda após um incidente em que bateu a cabeça - de que é mãe de três crianças, está com relações cortadas com a sua irmã e passa por um divórcio conturbado, às vésperas de completar 40 anos! A queda apagou os últimos dez anos da memória de Alice. Agora ela terá de construir seu futuro apagando os erros de um passado que sequer lembra ter existido. Poderá uma amnésia se tornar o melhor acontecimento em sua vida, nos últimos dez anos?

Opinião:

Este foi um dos livros que li em formato de ebook. E um dos primeiros em PT do Brasil, ao fim de algumas páginas comecei a aperceber-me que havia algo errado com a conjugação dos verbos, com algumas expressões e fui procurar ao Google e vi que a edição não era a de cá. Não foi por isso que desisti da leitura. Não é daqueles livros com um começo bombástico, mas a pouco e pouco cativa-nos, a cada página que passa sentimo-nos como a Alice da história.

O livro fala-nos de Alice, uma mulher na casa dos quarenta, que um dia cai no ginásio, acorda no hospital a pensar que tem 20 e está grávida do primeiro filho. Nada mais longe da realidade. Alice perdeu a memória, não completamente, mas dos seus últimos dez anos. E começa a olhar para a pessoa que era durante esse tempo e apercebe-se que mudou as suas atitudes, relacionamentos, aparência e não está certa de que a mudança tenha sido para melhor. Alice fica desesperada porque não sabe o que causou essa mudança.

A história intercala entre o relato de Alice, as carta da sua irmã ao psicólogo e as mensagens do blog da sua avó que vai relatando as peripécias da vida da sua família. Isto corta um pouco a fluidez da leitura, por vezes vi-me obrigada a recuar umas páginas para relembrar algumas partes. Acaba por ser um pouco como a recuperação de Alice, vamos tendo fragmentos da sua história, da história da sua irmã Elizabeth, do marido de Alice, Nick e ainda histórias sobre uma vizinha Gina que faleceu mas que paira como uma sombra sobre aquela família. 

Assistimos a pouco e pouco à luta de Alice para recuperar a sua família, a relação com a sua irmã, com os filhos e tenta a todo custo evitar a separação do seu marido. Assistimos à lutas internas de todas as personagens, uma debate-se com a mudança de atitude, a outra com o facto de ter perdido a esperança de ser mãe, a outra com a velhice. Somos confrontados com problemas da vida real, e que nem sempre têm solução, e em que quase nos sentimos na posição de quem nos relata a história. E sentimos as suas lutas como as nossas próprias.

É um livro cativante e comovente que nos apresenta várias histórias dentro da história, com momentos tristes, cómicos, desesperantes e de reflexão. Faz-nos pensar muitas vezes naquilo que poderia ter sido se não tivéssemos tomado esta ou aquela decisão.


13/09/2014

Leituras de Julho: O Livros dos Sabores Perdidos de Nicky Pellegrino

Quem acompanha o blog e vê os posts recentes pensa que deixei a culinária... mas não e cá está um livro que lembra o quanto gosto de culinária... e de chocolate!


Título: O Livros dos Sabores Perdidos
Autor: Nicky Pellegrino
Editora: Edições Asa
Número de Páginas: 320
Publicado em: 2014


Sinopse:

As colinas de Favio, uma pequena vila siciliana, escondem um tesouro inesperado: a Escola de Culinária de Luca Amore. Ao pendurar quatro aventais limpos para o novo curso que se avizinha, Luca antecipa a rotina do costume: preparar belas refeições com iguarias locais, visitar aromáticas vinhas e olivais a perder de vista, proporcionar momentos agradáveis às suas quatro alunas e desejar-lhes uma boa viagem de regresso a casa. Ao dirigir-se ao aeroporto, o jovem não imagina que a sua vida está prestes a mudar… e muito. Acabadas de chegar, Moll, Tricia, Valerie e Poppy são muito especiais. Eis o que Luca ainda não sabe sobre elas: uma esconde um segredo, outra espera voltar a encontrar o amor, outra tenta desespe­radamente fugir à sua própria vida e a última já o conseguiu. E quando lhes dá as boas-vindas e coloca gentilmente sobre a mesa uma garrafa de Pro­secco e cinco copos, Luca inicia um curso de culinária muito diferente dos anteriores. Mas essa é mais uma coisa que ele não pode saber… ainda.

http://www.fnac.pt/O-Livro-dos-Sabores-Perdidos-Nicky-Pellegrino/a791953

Opinião:

Todos sabem que eu gosto muito dos livros da Nicky Pellegrino, estão no topo da minha estante da sala, juntamente com os livros da Joanne Harris e os da Sveva.

O livro como sempre descreve um qualquer cenário idílico em Itália, desta vez a Sicília, e uma vez mais à semelhança de outros livros, vamos partilhar: comida, sentimentos e muita emoção.

Uma história simples, uma villa italiana, convertida em escola de culinária (por favor enviem-me para lá!), Luca um chef atormentado, mas apaixonado por comida, pelos ingredientes, que depois combina com muito amor para recriar pratos da sua infância. O ingrediente secreto? Chocolate.

Um romance que decorre entre o passado e o futuro. Passado nas recordações, nas memórias do chef, das suas 4 alunas e de alguns membros das aldeias próximas. Naquela casa, cozinha, as 4 mulheres vão ter a sua vida mudada para sempre. Uma cumplicidade que cresce, um amor que se descobre e algum ciúme à mistura, nas belas paisagens e elementos típicos italianos: vinhas, olivais aliados à gastronomia e produtos típicos: gelato, biscotti, chocolate.

Há uma loja que lembra mesmo um pouco a loja de Vianne do livro Chocolate de Joanne Harris, um pouco menos delicado mas sensível aos problemas dos outros e encontra sempre uma solução no chocolate. Mas a história centra-se em 4 mulheres; Poppy a jovem divorciada que procura família em Itália; Valerie que perdeu o marido recentemente; Moll que tem um blog de culinária e que aprender o máximo que puder e Tricia uma advogada que de todas é a que menos aprecia cozinhar.


Há livros em que gosto de falar e descrever um pouco da história, neste acho que quebraria o encanto, acho que há livros que temos de ser nós a descobrir a história, de conhecer cada personagem e sentir o livro acima de tudo.

11/09/2014

Leituras de Julho: The matchmakers da Debbie Macomber

E aqui começa a saga de Julho, um livro de leitura light como lhe chamo, para um lanche ou  pequeno almoço...

Título: The Matchmakers (Pequenos Cupidos)
Autor: Debbie Macomber
Editora: Harlequim
Número de Páginas: 192
Publicado em: 2009


Sinopse:

Single mom Dori Robertson is suddenly under pressure to find a new father for her eleven-year-old son.
And he's already chosen the guy—former pro-football player Gavin Parker. As it turns out, Gavin's daughter wants her dad to marry again, too. When the kids join forces, Gavin suggests he and Dori start dating, just to satisfy the kids. Dori figures it's safe enough…until he kisses her!
http://www.amazon.com/Matchmakers-Debbie-Macomber/dp/1441819657
Tradução:
Viúva, Dori Robertson vê-se pressionada pelo seu filho de onze anos, para lhe encontrar um novo pai. Ele até já tinha feito a sua escolha, um antigo jogador de futebol, Gavin Parker. Por coincidência a filha de Gavin também tem planos para que o seu pai se case do novo. As duas crianças juntam forças e Gavin sugere a Dori que eles tenham um encontro, só para satisfazer as crianças. Dori pensa que é seguro… até que ela a beija!


Opinião:

Este romance é antigo, muito, a primeira versão é de 1986, e foi o primeiro de muitos que levou a autora ao sucesso que alcançou actualmente. Uma história doce, fofinha, sem perversidades, traições, dramas que estão associadas a muitas histórias de hoje em dia.

É uma leitura agradável para um fim de tarde. Uma mãe em apuros que se vê a braços com o seu filho pré-adolescente que lhe quer encontrar um namorado. Entre muitas peripécias, ele chega mesmo a colocar um anúncio de jornal para lhe encontrar um namorado. Dori é uma mulher simples, boa mãe, forte e muito independente e parece não ter necessidade de alguém, até Gavin aparecer.

Gavin pelo contrário, teve várias namoradas, e como todo o herói romântico, é arrogante, mostra-se como muito forte e independente, age como nada o afectasse. Mas tem um lado vulnerável, com uma história triste, que levantou barreiras ao seu redor para não voltar a sofrer por amor.

O destinos destes dois não vai ser mais o mesmo. Danny e Melissa vêem nos pais um do outro a possibilidade de serem uma família feliz. Os adultos tentam ludibriar as crianças ao fingirem que são namorados e a história leva a muitas peripécias e confusões. Após um período em que Gavin luta contra esse amor é perceptível que tudo vai acabar bem e as crianças levaram a sua avante.

Um romance light, divertido e com um ar de comédia romântica.

08/09/2014

Leituras de Junho: Rainha de Amanda Hocking

E hoje cá fica o último do mês de Junho. Ainda tenho muita escrita para pôr em dia mas já é menos um da lista.

Título: Dividida
Autor: Amanda Hocking
Editora: Edições Asa
Número de Páginas: 264
Publicado em: 2013

Sinopse:
Prestes a tornar-se Rainha, Wendy enfrenta uma escolha impossível. Para conseguir salvar o seu reino terá de se sacrificar a si própria. Conseguirá ela escapar ao destino? A vida de Wendy está prestes a mudar para sempre. Dentro de alguns dias, quando fizer 18 anos, vai casar-se com um homem que não ama e tornar-se rainha dos trylle. E parece inevitável entrar em guerra contra o próprio pai, o maléfico rei dos vittra. Wendy enfrenta a mais difícil escolha da sua vida. A única forma de salvar os trylle dos seus inimigos mortais é sacrificando-se a si própria e entregar-se como prémio ao pai. Mas como poderá ela abandonar as pessoas que ama, mesmo quando essa é a única maneira de as salvar? 
Como se tudo isto não bastasse, Loki, o vittra que ajudou Wendy a fugir do rei Oren, vem pedir-lhe asilo. O seu súbito aparecimento faz despertar novamente a paixão que os une. A sua vida amorosa complica-se ainda mais, pois Finn, o seu leal guarda-costas, não parece disposto a abrir mão dela. Nunca tanto esteve em jogo e Wendy, apaixonada por Finn e por Loki, vai ter de se decidir…
http://www.wook.pt/ficha/rainha/a/id/14930670


Opinião:

Este é o último livro da trilogia trylle, e eu estava muito curiosa com o final, será que Wendy morre? Ou como vai ela derrotar Oren? Wendy começa os preparativos para o casamento com Tove, seguindo com o que a sua mãe tinha planeado.

E o tempo urge, a cada dia que passa a rainha Elora fica mais debilitada e Wendy cada vez mais focada em fazer uso dos seus poderes, treinado com o seu aliado Tove. Pelo meio recebe ainda a visita do seu  pai , que tem unificar os dois reinos trylle e vittra, num reinado tirano e cruel.

A braços com o casamento, a eminente guerra com o pai, Wendy ainda tem de se ver a lutar com os seus sentimentos. Finn aparece na véspera do seu casamento, mas Wendy afasta-o pois sente que ele não lutou por ela. Confesso que Finn me desapontou, esperava mais luta por este amor, não a aceitação de que um plebeu e um membro da realeza não pudessem ter um relacionamento. E pelo meio Loki regressa ao palácio, pedindo auxílio, pois Oren atacou-o brutalmente. Loki continua a ser uma personagem obscura, misteriosa e em quem ainda não se pode confiar nesta fase do livro.

Elora e Wendy sabem que estão numa luta contra o tempo, a rainha pinta mais uma das suas visões futuras, e o futuro não parece auspicioso, pois aparecem Wendy, Willa, Finn, Loki e Tove mortos... Isto indica que uma invasão por parte dos vittra está iminente e Wendy tem e tomar uma decisão, inclusive de matar o se cruel pai se necessário. Wendy apesar da sua instabilidade amorosa, evoluiu muito, aprende muito rapidamente como se deve governar, como colocar as suas decisões e acima de tudo pensando no bem estar do seu reino acima do dela.

A guerra decorre, muitas vidas são perdidas, mas Wendy consegue o seu intento, livrar-se do rei oprimente e conduzir ambos os reinos num ambiente de paz e prosperidade.

Confesso que foi uma leitura intensa, li o livro em poucas horas. Neste livro finalmente a autora cativou-me e surpreendeu-me. Penso que a sua escrita evoluiu ao longo dos livros, cresceu, tornou-se mais descritiva, mais intensa tal como a história que estava a contar. Um livro para aqueles que gostam de fantasia, criaturas míticas e histórias de guerra, amor, magia e um pouco de sofrimento à mistura.


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07/09/2014

Leituras de Junho: Dividida de Amanda Hocking



E mais uma leitura de  Junho! O segundo volume de uma trilogia de Amanda Hocking, que li aquando da maratona do grupo Sinfonia dos Livros.

Título: Dividida
Autor: Amanda Hocking
Editora: Edições Asa
Número de Páginas: 296
Publicado em: 2012

Sinopse
Quando Wendy fica a conhecer a terrível verdade sobre si própria - foi trocada à nascença - sente que o mundo à sua volta começa a desabar. A estranha adolescente, de negros cabelos, tenta fugir das evidências, tenta negar o facto de ser uma princesa Troll, dotada de poderes que não domina nem compreende. 
Decidida a fugir, consegue escapar à vigilância de Finn, o seu belo, sombrio e inacessível guarda-costas. Mas o que a espera é talvez um destino mais terrível. Raptada pelos históricos inimigos dos trolls, ela cairá nas mãos dos Vittra. E aos poucos descobre que uma inesperada atracção por um príncipe do povo rival… 
Dividida entre a lealdade e o amor, entre o dever e a paixão, Wendy sabe que terá de crescer para evitar uma guerra. Terá de aprender a dominar os seus poderes mágicos - e aceitar o seu destino. 
Dividida é a segunda parte da fenomenal saga
 Trylle. A autora, Amanda Hocking, de 26 anos, viu os seus livros rejeitados por dezenas de editores. Até que um dia os decidiu publicar sozinha, e vendê-los em sites. O sucesso foi imediato, vendeu mais de dois milhões de exemplares - e hoje, tal como a Wendy dos seus livros, Amanda vive como uma princesa, num palácio só seu, num mundo que ela própria construiu...

Opinião:

Este livro lê-se muito rapidamente, mas serve essencialmente para conhecermos o núcleo de personagens principais da história e o inicio de um futuro trio amoroso.
Aqui ficamos a conhecer a vida no outro palácio, a rotina dos Vittra e o que eles querem da princesa quando esta é levada para Ondarike e conhecemos Loki, o vittra que acaba por roubar o coração de Wendy. Finn acaba por ser relegado para um papel menos importante, e é dado um maior enfoque à mãe da processa, a rainha Elora que tenta passar todos os conhecimentos de como reinar. Aqui tomamos consciência do poder de Wendy, das sus futuras responsabilidades, da sua herança (ela tem sangue vittra e trylle) e da escolha que tem de fazer, qual reino?
Wendy consegue fugir, com a ajuda de Loki e sente-se mais motivada do que nunca a começar o seu treino para explorar as suas habilidades, com o markis Tove, filho da maior inimiga de sua mãe. Finn já começa a distanciar-se da princesa, indo para casa dos seus pais, a reviravolta acontece quando no palácio aparece o príncipe vittra Loki e com ele o regresso de Finn desta vez acompanhado de seu pai.
Wendy tem de tomar uma decisão difícil, deve escolher entre o amor e o dever. E escolhe o dever, ao aceitar casar com Tove, para bem do reino. No entanto Loki, aparece e estraga todos os planos feitos. Tove é um pouco estranho, um pouco alienado do mundo, no entanto procura sempre ajudar Wendy a melhorar e progredir na conquista dos seus poderes. À medida que Wendy se torna mais próxima de Loki, vemos o afastamento de Finn.

Podemos ver aqui um exemplo claro, da amizade, da cumplicidade entre Matt e Rhys; e ainda outro amor impossível, Matt e Willa, que se deixam envolver a pouco e pouco, mas parece-me que poucos interessados nas convenções do reino. Afinal é o que este livro pretende demonstrar é que a mudança pode acontecer mesmo nos sistemas mais antigos e com regras.
E um exemplo do sistema antiquado é Oren, o rei dos vittra, um rei muito autoritário e cruel e que trará muitos problemas a Wendy. Ficamos também a conhecer Sara, a rainha vitra, com poderes de cura, mas que não pode dar um descendente a Oren, daí este lutar para que Wendy se torne rainha dos vittra.   
Aqui o enredo adensa-se, as personagens têm mais profundidade e algumas questões são respondidas. Considero este volume melhor que o anterior.